segunda-feira, 10 de junho de 2013

BRINQUEDOS

SUPER HERÓIS MARVEL - ATMA:



          Essa é para quem foi criança nos anos 60 e 70. Retiradas do fundo do baú as figuras estáticas da ATMA do Brasil.
          Essas figuras deixaram saudades no imaginário infantil assim como as da GULLIVER que eu falarei em um futuro próximo.
          Transcorria a inovadora e conturbada década de 60 quando a a industria de brinquedos ATMA resolvera lançar no país em 1968 ou 1969, não sei exatamente o ano, as figuras de ação estáticas dos Super Heróis Marvel. 
           Realmente os anos 60 foi uma década ímpar do século XX. Como ela não teve outra.
           Naqueles dias, viviamos um período de intenças revoluções, não somente política e social mas cultural também. Foi o momento mais rico que eu considero para a indústria do entretenimento. Nunca existiram tão intensamente séries e filmes maravilhosos que eram despejados nos cinemas e nos canais de televisão. E no universo de histórias em quadrinhos isso não foi diferente.
           A Marvel Comics praticamente despejava uma avalanche de heróis nos quadrinhos, tanto novos quantos os antigos como o Capitão América, o Príncipe Submarino, Kazar e o Tocha Humana.
           E na esteira dessa revolução toda, a indústria de brinquedos não poderia ficar de fora visto o sucesso que vários os personagens não somente da Marvel mas de vários outros criadores faziam sucesso nas histórias em quadrinhos e na televisão.
          Foi aí então que a ATMA resolvera lançar as seis figuras famosas dos heróis que mais estavam fazendo sucesso naqueles dias graças aos desenhos animados e aos Comics.
          Sob licença da Marvel e da indústria de brinquedos norte americana Marx Toys que os haviam lançado em 1967, os seguintes heróis pisaram em terras brasileiras: Homem Aranha, Capitão América, Hulk, Homem de Ferro e Thor.
          Mas espere um pouco. Eu disse mais acima de que eram seis figuras e não cinco. O que teria acontecido com a sexta figura?
           Muito simples de explicar.
           Como eu já disse, a Marx Toys lançara no ano de 1967 essas figuras no mercado norte americano. Eram elas: Homem Aranha, Capitão América, Hulk, Homem de Ferro, Thor e o Demolidor.
           Mas o Demolidor? Eu não sabia, muitos irão dizer.
           É isso mesmo. Demolidor, o homem sem medo.
           Quando a ATMA resolvera lançá-los no Brasil, a figura do Demolidor foi substituída pela figura do Príncipe Submarino, que não havia sido lançada no mercado norte americano, mas que o personagem voltara a fazer sucesso graças aos desenhos animados produzidos pelos estúdios da Grantray Laurentis no ano de 1966.
           Isso mesmo. Eram os Super Heróis Marvel aparecendo nas telas dos aparelhos de televisão daqueles que possuíam alguma naqueles dias.
           Os desenhos eram compostos pelo Capitão América, Thor, Hulk, Homem de Ferro e o Príncipe Submarino. O Homem Aranha entraria em circulação no ano seguinte, 1967.
           Presumo eu que a ATMA não estivesse interessada em lançar a figura do Demolidor no Brasil porque este não possuía uma animação para a televisão como os outros heróis. No lugar dele, ela preferiu lançar o Príncipe Submarino.
            Vocês ficaram espantados? Pois é aí que mora o grande mistério.
             Já ouvi dizerem de que o Brasil foi o primeiro país do mundo a lançar uma figura de ação do Príncipe Submarino, que nem o próprio Estados Unidos possuía.
             Reza a lenda de que a figura do Namor foi baseada em um troféu de natação. Quem é que pode provar? Eu não posso.
             O sucesso foi imediato e extremamente aceito pelo público, até porque a ATMA nos anos 60 era uma das indústrias de brinquedos que mais fazia sucesso entre as crianças, e tinha um slogan interessante e de fácil assimilação que dizia o seguinte: "Se é ATMA, é ótima"!
            Armarinhos, as grandes lojas de departamentos como Mesblá, Lojas Brasileiras, Lojas Americanas, lojas de brinquedos que não tinha filial, todos esses lugares venderam essas figuras, que na época eram chamadas simplesmente de bonequinhos. O termo figura de ação foi roubada dos norte americanos já nos anos 90 para cá que utilizam o termo em inglês Action Figures. Concordo de que é mais bonito chamar de Figura de Ação do que de bonequinho.
           É chegada os anos 70 ainda nessa década essas figuras continuam a fazer sucesso devido ao programa O Clube do Capitão AZA.
           Quem conheceu o saudoso programa que ficara no ar pela extinta e também saudosa TV TUPI canal 6 no Rio de Janeiro de 1967 a 1979 irá certamente lembrar-se quando os desenhos dos Super Heróis Marvel eram apresentados e antes de serem iniciados, Wilson Viana erguia essas figuras no ar, de acordo com a animação que entraria em cena, chamando pelo herói: "Alô! alô! Principe Submarino. Onde quer que você esteja apresente-se para a próxima missão!"
           Outro detalhe importante que vale a pena ser ressaltado é que as figuras da ATMA tinham a mesma pose que as lançadas pela Marx Toys.
           Por fim vale dizer aqui de que ainda na década de 70 essas figuras da Marx Toys foram lançadas no México, lá por volta de 1978, em uma escala um pouquinho menor do que a americana e a brasileira, mas vários vinham com a mesma pose e outros eram diferentes. Não sei o nome da Empresa fabricante delas no México. 
           Dessas, só possuo uma das versões dos Quatro Fantásticos, porém já vi as outras. Eram elas: Duas versões dos Quatro Fantásticos em poses diferentes, Homem Aranha, Hulk, Thor, Demolidor, Homem de Ferro, Super Homem (D.C.), Batman (D.C.), Batmoça (D.C.), Robin (D.C.), Flash (D.C.), Abutre, Kazar, Garra Sônica e Raio Negro.
           Todas essas figuras são raríssimas.
           Segue abaixo a imagem das produzidas pela Marx Toys. Notem para a figura do Demolidor entre o Homem de Ferro e o Thor.



Segue abaixo as figuras produzidas no México.





         Como sempre, quem tiver informações a respeito, por favor não se acanhe e contribua.
          O Cosmonauta agradece.
          

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